6 de mar. de 2013


A AVALIAÇÃO E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES EM TORNO DO RELATÓRIO DA PRÁTICA DE ENSINO (SEGUNDA PARTE)
 


 


AVALIAÇÃO

Perante o estabelecimento de diálogo dos onze alunos que participaram do processo, segue as imagens que foram utilizadas tanto para as reflexões quanto para a avaliação, bem como, aquilo que foi produzido em torno dos objetivos propostos:



"Quanto a primeira imagem, realmente vem ao encontro do exposto, ao propor um mundo em rede, interligado, com mouses ligados"  (ALUNO E).

"Entendo que hoje não podemos viver desconectados dessa rede, 'sociedade' da informação. Mas mesmo inseridas nesse contexto, não podemos abrir mão do nosso senso crítico, da nossa competência de avaliação de informações [...]" (ALUNO K).

Essa imagem permite refletir "A internet interligando o mundo" (ALUNO B).

“Nesse contexto, a construção de competências é um desafio" (ALUNO D).

A "Sociedade em rede apresenta o atual comportamento mundial, mostrando a informalidade e a pessoalidade – em que as pessoas têm o contato, principalmente, virtualmente, mas também as empresas, que utilizam a tecnologia para criar novas formas de gestão" (ALUNO C).

"A primeira imagem nos traz a ideia de que as tecnologias configuram as normas de comunicação, de ligação em que não só o mundo corporativo está firmado mas toda a sociedade" (ALUNO J).

 

"Com relação ás competências, na área da ciência da informação, aparenta ser a capacidade de discernimento dentre aquilo que está disponível e ter a criticidade suficiente para resolver e separar aquilo que é importante e real daquilo que é irrelevante e falso"  (ALUNO C).

Por outro lado, na administração entende-se, de maneira geral, que competência é a capacidade que se tem de resolver algo"  (ALUNO C).

"Na busca interminável por novas competências corremos os riscos de não nos tornarmos grandes especialistas em nada. Sem dúvida existem competências mais generalistas que são buscadas por todos empregadores ou áreas" (ALUNO G);

"É fato que na atual sociedade de rede em que nos encontramos, as informações são disponibilizadas de forma muito rápida, de modo quase instantâneo, e compartilhada por um número muito amplo, ou global de pessoas" (ALUNO I).

"É importante salientar que nem sempre há uma análise, ou mesmo, crítica das informações que são disseminadas ao grande público global. Dessa forma, faz-se necessário 'saber ler' criticamente os dados, informações disponibilizadas" (ALUNO I).

 
"As instituições necessitam de dados e informações para gerir suas atividades e projetos" (ALUNO A).

"A gestão pode unir pessoas e informações na tentativa de produzir algo rentável" (ALUNO B).

Terminado o diálogo em torno dos conceitos e das imagens, iniciou-se o processo de avaliação por meio da escrita que teve como finalidade registrar parte do que foi colocado oralmente. Desse modo, segue a descrição dos pontos fracos e fortes da aula:


PONTOS FORTES:
 
PONTOS FRACOS
 
O estilo da apresentação
A única coisa que foi um pouco cansativo foi o excesso de conceitos, porém, entendo que em diversos momentos foram muito importantes
Interação entre os participantes e
Excesso de teoria
a composição dos slides em si foram boas,
porém, alguns foram extensos
O tema discutido é bastante atual
 
e as análises foram enriquecedoras
-
Escrever sobre as imagens] permite aos participantes mais tímidos [...]  expor suas ideias
-
Gostei muito da utilização das imagens durante a apresentação
-
AVALIAÇÃO "positiva, aula diferente com imagens e diálogo entre “turma” e “professora”...
-
"A discussão foi pertinente e a forma de reflexão sobre as imagens nos traz diferentes olhares
-
e contribui para melhor compreensão do assunto
-
A informação foi recebida e passada de forma competente e, de maneira mais breve possível
-
contribui para melhorar  o controle  de um grupo (empresa) e do homem (indivíduo)"
-
Achei toda a dinâmica bem interessante e gostei muito de como a dinâmica foi conduzida
-


 
À GUISA DE CONCLUSÕES: UMA PROPOSTA QUE SE RENOVA


Esse texto relata a proposta de uma atividade possível de ser desenvolvida em cursos de pós-graduação de qualquer área tendo como aporte conceitos básicos estudados pela Ciência da Informação. Além disso, apresenta a sala de aula como um espaço de pensar, praticar, refletir, sentir, deliberar e avaliar, assim como, de recomeçar novamente este ciclo caso seja necessário. Por meio da dinâmica relatada e a partir dela pôde-se exercitar o planejamento de uma atividade pedagógica interdisciplinar pautada no diálogo (PADILHA, 2005).
O exposto também permite avaliar a postura da doutoranda na sala de aula como professora/aluna. Como docente, mesmo tendo utilizado essa dinâmica de trabalho algumas vezes, o resultado permitiu uma resignificação da sua prática perante as avaliações dos alunos do mestrado em Administração. Como aluna do doutorado em Ciência da Informação, possibilitou entrar em contato com pressupostos teóricos que permitiram repensar a escrita do projeto em curso.




REFERÊNCIAS UTILIZADAS

BICALHO, Lucinéia Maria; OLIVEIRA, Marlene de. Aspectos conceituais da transdiciplinaridade e a pesquisa em Ciência da Informação. Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.21, n.2, p. 87-102, maio/ago. 2011.

CASTELLS, M. A Sociedade em Rede: a era da Informação: economia, sociedade e cultura. Vol. 1. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

GARCÍA-MORENO, Maria Antonia. As tecnologias da informação e comunicação no contexto da alfabetização digital e informacional. In: CUERVAS, Aurora Cerveró; SIMEÃO, Elmira. Alfabetização informacional e inclusão digital: modelo de infoinclusão social. Brasília: Thesaurus, 2011. 219 p.

JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.

MARCUSCHI, L. A. Compreensão de texto: algumas reflexões. In. DIONISIO, A. P. e BEZERRA, M. A. (orgs.) O livro didático de Português: múltiplos olhares. 2ª ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.

PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento dialógico. SP: Cortez, 2005.

SILVA, José Carlos Teixeira da; PLONSKI, Guilherme Ary. Inovação tecnológica: desafio organizacional. Prod. v.6, n.2, São Paulo, July/Dec. 1996. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/prod/v6n2/v6n2a03.pdf. Acesso em: 15 fev. 2013.

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